Depois de furar o teto de gastos e prometer uma solução para o rombo deixado, o governo apresentou aquilo que acha ser uma solução razoável. Mas o que o governo não contava era a péssima recepção dos economistas por todo o país e a despencada na bolsa de valores.
Na sexta-feira, dia 31, o índice Ibovespa recuou 1,77%, desistindo dos ganhos do dia anterior. Isso se deve à incerteza do mercado sobre a nova âncora fiscal que será apresentada ao Congresso nesta semana. No segundo dia, Haddad e sua equipe estavam entusiasmados com o próprio projeto de lei complementar. A conta ainda não está fechada.
As novas regras propostas são mais complexas do que o atual teto de gastos, dificultando a avaliação de cenários. No que consideramos um cenário mais plausível, onde o crescimento do PIB no médio prazo se aproxima de 1,8%, mesmo com rendas mais altas, a regra não seria capaz de produzir resultados preliminares ou obrigar à contenção da dívida pública.
Um dos adjetivos que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, usou para classificar o quadro fiscal foi "moderno". O líder do Partido dos Trabalhadores, que comanda a economia do país, estava claramente feliz com Brasília minutos depois de introduzir a nova regra orçamentária fixada em geral.
O índice Ibovespa subiu 1,89%, com a cotação do dólar de 5,136 reais para 5,098 reais. "A regra concilia o que há de bom na lei de responsabilidade fiscal com o que há nas regras de gastos para que a trajetória da dívida esteja na direção certa. Entendemos que temos que restaurar a credibilidade. Se seguirmos essa trajetória por meio desses mecanismos de controle, chegaremos a 2026 em condições muito estáveis."
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