Efeito bola de neve! Anulação das provas contra Lula pode fazer mais uma vítima.
A decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de invalidar as provas obtidas no acordo de leniência com a Odebrecht teve um impacto direto na situação do juiz Eduardo Appio, que era o responsável pelos processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba. Appio foi declarado suspeito pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que anulou todas as suas decisões ligadas à operação.
O tribunal usou como uma das provas da suspeição de Appio o fato de seu pai, o ex-deputado Francisco Appio, integrar a lista de autoridades supostamente beneficiadas por pagamentos feitos pela Odebrecht. Essa prova, no entanto, foi considerada ilegal por Toffoli, que entendeu que o acordo de leniência foi feito sem a participação da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria-Geral da União (CGU), conforme determina a lei.
Appio já havia questionado, em um de seus despachos na 13ª Vara, a legalidade do acordo de leniência da força-tarefa com a Odebrecht.
A decisão de Toffoli, portanto, colocou em xeque a validade das provas usadas pelo TRF-4 para declarar a suspeição de Appio. Além disso, a decisão também pode afetar outros processos da Lava Jato que se basearam nas informações fornecidas pela Odebrecht.
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