O fim das investigações pode estar próximo. A CPMI do 8 de janeiro: o que é, quem são os envolvidos e o que está em jogo.
No dia 8 de janeiro de 2023, um grupo de manifestantes invadiu as sedes dos Três Poderes, em Brasília, em um ato de protesto contra o governo do presidente Lula. Os invasores foram contidos pelas forças de segurança, mas não sem causar danos materiais e ferimentos em algumas pessoas. Mais de 300 pessoas foram presas, entre elas o ex-secretário de segurança pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Para apurar as responsabilidades e as motivações por trás desse episódio, foi criada uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), composta por 15 senadores e 15 deputados, indicados pelos blocos partidários da Câmara e do Senado. A CPMI tem o poder de convocar testemunhas, requisitar documentos, quebrar sigilos e fazer diligências.
A oposição ao governo quer investigar se houve pessoas infiltradas no grupo que invadiu os prédios e se houve omissões do governo ao não se preparar devidamente para impedir a invasão. A suspeita é que os atos tenham sido orquestrados por grupos radicais que defendem a intervenção militar e a destituição do presidente Lula.
A CPMI já ouviu diversas testemunhas, entre elas o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, que pediu demissão após a divulgação de imagens que mostravam sua suposta conivência com os invasores. Dias negou qualquer tipo de envolvimento com os atos e disse que não tinha condições materiais de deter os manifestantes sozinhos.
O relatório final da comissão pode resultar em indiciamentos criminais ou recomendações legislativas. A CPMI também pode gerar desgaste político para o governo ou para a oposição, dependendo dos desdobramentos das investigações.
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