Eclipse cruza o Brasil e traz consigo os efeitos desse fenômeno poderoso.
O eclipse solar anular é um fenômeno astronômico que ocorre quando a Lua, em sua fase nova, se interpõe entre o Sol e a Terra, mas não consegue cobrir totalmente o disco solar, deixando uma borda luminosa visível. Esse efeito é chamado de "anel de fogo" e só pode ser observado da faixa central da penumbra lunar projetada na superfície terrestre. Nas regiões ao norte e ao sul dessa faixa, o eclipse é visto como parcial, ou seja, apenas uma parte do Sol é encoberta pela Lua.
O eclipse solar anular é diferente do eclipse solar total, que ocorre quando a Lua cobre completamente o Sol, criando um efeito de escuridão no céu. A diferença entre os dois tipos de eclipse se deve à distância da Lua em relação à Terra, que varia ao longo de sua órbita elíptica.
Quando a Lua está mais próxima da Terra (no perigeu), seu tamanho aparente é maior do que o do Sol, possibilitando um eclipse total. Quando a Lua está mais distante da Terra (no apogeu), seu tamanho aparente é menor do que o do Sol, resultando em um eclipse anular.
A frequência dos eclipses solares anulares depende da posição dos nodos da órbita lunar, que são os pontos onde ela cruza o plano da eclíptica (a trajetória da Terra ao redor do Sol). Os eclipses só acontecem quando a Lua está alinhada com esses nodos na fase nova ou cheia.
Como os nodos se deslocam lentamente ao longo do tempo, os eclipses solares anulares não ocorrem em datas fixas, mas seguem um ciclo de aproximadamente 18 anos e 11 dias, chamado de ciclo de Saros. Cada ciclo de Saros contém cerca de 70 eclipses solares, sendo que cerca de um terço são anulares.
O penúltimo eclipse solar anular ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível do Brasil. O Brasil teve a oportunidade de observar um eclipse solar anular neste sábado (14), que começou por volta das 15h e terminou às 17h30 (no horário de Brasília). O "anel de fogo" foi visto em algumas cidades do Nordeste, como Fortaleza, Natal e João Pessoa. Em outras regiões do país, o eclipse foi parcial, com diferentes graus de cobertura do Sol pela Lua.
Especialistas alertaram que não se deve olhar diretamente para o Sol sem uso de filtros adequados, pois há risco de lesão ocular ou até cegueira. Algumas formas seguras de observar o eclipse são projetar o Sol em uma folha de papel com um furo em um papelão, ou usar óculos de soldador com classificação 14 ou superior. Muitas pessoas se reuniram para acompanhar o fenômeno e registraram imagens impressionantes do céu.
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