TSE continua na cola de Bolsonaro. As coisas se complicam para Bolsonaro, mas prazo para condenações está acabando.
O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta atualmente 16 ações de investigação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que podem levar à sua inelegibilidade por oito anos. As ações foram movidas por partidos políticos, candidatos adversários e pela Procuradoria-Geral Eleitoral, e apuram diversas condutas irregulares praticadas por Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2022 e no exercício do mandato.
Uma dessas ações foi julgada na última quinta-feira (22) pelo TSE, e resultou na condenação de Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O processo se refere à reunião que Bolsonaro realizou em julho de 2022 com embaixadores estrangeiros, na qual ele atacou o sistema eleitoral brasileiro, sem apresentar provas, e pediu apoio para sua reeleição. O encontro foi transmitido pela TV Brasil, um canal oficial do governo.
O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, votou pela condenação de Bolsonaro e pela absolvição do seu vice na chapa, Braga Netto. Ele foi seguido pela maioria dos ministros do TSE, que entenderam que Bolsonaro cometeu ataques graves e contundentes ao Poder Judiciário e à democracia, com informações falsas e já refutadas.
As outras 14 ações contra Bolsonaro ainda estão em tramitação no TSE, e podem levar a novas condenações do ex-presidente. Entre elas, estão as que investigam o uso de palácios do governo federal para a realização de lives de cunho eleitoral; a concessão de benefícios financeiros durante o período eleitoral, como antecipação da transferência do benefício do Auxílio-Brasil e do Auxílio-Gás; a criação de um "ecossistema de desinformação" nas redes sociais que beneficiaria Bolsonaro; e a realização de atos de campanha durante o desfile cívico de 7 de setembro.
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