ÚLTIMA DECISÃO! Próximos dias Astrológicos, Maricy Vogel Arrepia | 29/10/2023

ONU toma decisão em meio a pressão e cria novo empasse. A resolução da ONU sobre a Cisjordânia é um tema que desperta muitas emoções e opiniões, mas também requer uma análise objetiva e imparcial dos fatos. Neste texto, eu vou tentar explicar o que é essa resolução, qual é o seu contexto histórico e político, e qual é a sua situação atual.

A Cisjordânia é um território palestino que faz parte da antiga Palestina histórica, que foi dividida pela ONU em 1947 em dois Estados: um judeu e um árabe. No entanto, essa divisão nunca foi aceita pelos países árabes vizinhos, que entraram em guerra com Israel em 1948, logo após a sua declaração de independência. Nessa guerra, Israel conquistou mais territórios do que os previstos pelo plano da ONU, incluindo parte da Cisjordânia. 

Em 1967, ocorreu uma nova guerra entre Israel e os países árabes, na qual Israel ocupou o restante da Cisjordânia, além de Gaza, Jerusalém Oriental, as Colinas de Golã e a Península do Sinai. Desde então, a Cisjordânia está sob ocupação militar israelense, que impõe restrições à circulação, à propriedade e aos direitos dos palestinos que vivem ali. 

Além disso, Israel começou a construir assentamentos na Cisjordânia, onde vivem atualmente cerca de 600 mil colonos judeus. Esses assentamentos são considerados ilegais pela maioria da comunidade internacional, incluindo a ONU, que os vê como um obstáculo à paz e à solução de dois Estados, ou seja, a criação de um Estado palestino independente ao lado de Israel.


Em 2016, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 2334, que condena os assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental como uma "violação flagrante do direito internacional" e exige o "fim imediato" de todas as atividades do tipo. A resolução também reafirma que o status final de Jerusalém deve ser negociado entre as partes, e que qualquer mudança unilateral é nula e sem efeito. 

A resolução foi aprovada com 14 votos a favor e uma abstenção dos Estados Unidos, que pela primeira vez não usaram seu poder de veto para proteger Israel. A resolução foi vista como uma vitória diplomática dos palestinos e uma derrota política de Israel. No entanto, a resolução 2334 não teve um impacto significativo na realidade da Cisjordânia. 

Em 2020, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apresentou um relatório sobre a implementação da resolução 2334, no qual lamentou que Israel tenha continuado a expandir seus assentamentos na Cisjordânia, violando as obrigações impostas pela resolução. O relatório também denunciou o aumento da violência e das violações dos direitos humanos contra os palestinos, bem como a falta de progresso nas negociações de paz.


Em 2023, a situação na Cisjordânia se agravou ainda mais com o recrudescimento do conflito entre Israel e o Hamas, o grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza. O Hamas lançou centenas de foguetes contra Israel em resposta aos confrontos entre as forças israelenses e os manifestantes palestinos em Jerusalém. 

Israel revidou com ataques aéreos e terrestres contra Gaza e também contra alvos na Cisjordânia. O saldo foi de centenas de mortos e feridos de ambos os lados, além de milhares de deslocados e danos materiais. A Assembleia Geral da ONU aprovou uma nova resolução proposta pela Jordânia, que exige a proteção dos civis na Faixa de Gaza e demais áreas de conflito, além de uma trégua humanitária. 

A resolução rejeita o rótulo de terrorismo tanto para o Hamas como para o Estado de Israel, e reitera o apoio à solução de dois Estados baseada nas fronteiras de 1967. A resolução foi aprovada com 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções. Israel criticou a resolução como "uma farsa" e acusou a ONU de apoiar terroristas.


Em conclusão, a resolução da ONU sobre a Cisjordânia é um documento que expressa a posição da comunidade internacional sobre o conflito israelo-palestino, mas que não tem força vinculante nem mecanismos de sanção. 

A sua efetividade depende da vontade política das partes envolvidas e dos seus aliados, que até agora não demonstraram disposição para cumprir as suas recomendações. A situação atual na Cisjordânia é de violência, injustiça e incerteza, que requer uma solução urgente e pacífica.

CONFIRA O VÍDEO AQUI 

Créditos Maricy Vogel

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