Em meio a crise no partido Lula começa a criticar a ex presidente Dilma.
Dilma Rousseff foi a primeira mulher a ocupar a presidência do Brasil, mas também a primeira a sofrer um impeachment. Ela foi eleita em 2010 e reeleita em 2014, com o apoio do seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, ao longo de seu mandato, ela enfrentou não só a oposição de seus adversários, mas também as críticas de seus aliados, inclusive do próprio Lula e de alguns ministros.
As críticas se intensificaram a partir de 2014, quando o Brasil entrou em uma grave crise econômica, política e social, marcada pela recessão, pelo aumento do desemprego, pela inflação, pela corrupção e pelos protestos populares. Dilma foi acusada de ser autoritária, centralizadora, intransigente, incompetente e isolada. Ela também foi responsabilizada pela deterioração das relações com o Congresso, com os partidos da base aliada, com os movimentos sociais, com os empresários e com a imprensa.
Lula, que foi o principal articulador da eleição e da reeleição de Dilma, passou a criticá-la abertamente, tanto de forma direta quanto indireta. Ele disse que ela não podia ser chefe da Casa Civil, mas sim presidente da República. Ele também disse que ela tinha que delegar mais, ser mais líder e menos general. Ele ainda disse que ela tinha que se aproximar do empresariado antes que fosse tarde demais.
No entanto, Lula também defendeu Dilma em alguns momentos, como na sua posse em 2023, quando se referiu ao impeachment dela como "golpe" e elogiou sua coragem e dignidade. Ele também tentou evitar o rompimento definitivo entre eles, dizendo que eles eram "irmãos siameses" e que tinham uma "relação de amor e ódio".
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