Tensão de guerra na América do Sul mostra que estamos vivenciando um dos piores momentos da história moderna.
Caso a Venezuela cumpra a ameaça de invadir a Guiana, teremos guerra na Europa, com a invasão da Rússia na Ucrânia, teremos guerra no oriente médio entre Israel e Hamas, teremos a tensão entre China e Taiwan e teremos guerra aqui. O conflito entre Venezuela e Guiana é uma disputa histórica que envolve uma grande área de terra rica em recursos naturais, chamada Essequibo.
A Venezuela reivindica o território como parte de sua província de Guayana Esequiba, enquanto a Guiana afirma que o território é seu por direito histórico e jurídico. A origem do conflito remonta ao século XIX, quando a Grã-Bretanha, que colonizava a Guiana, e a Venezuela, que havia se libertado da Espanha, entraram em uma disputa pela fronteira.
Em 1899, um tribunal arbitral em Paris decidiu a favor da Grã-Bretanha, estabelecendo a fronteira atual. A Venezuela, porém, nunca aceitou esse laudo, alegando que ele foi fraudulento e que favoreceu os interesses britânicos.
Em 1966, um ano antes da independência da Guiana, os dois países assinaram o Acordo de Genebra, no qual reconheceram a existência de uma controvérsia sobre o Essequibo e se comprometeram a buscar uma solução pacífica e satisfatória para ambas as partes. Desde então, vários mecanismos de negociação foram tentados, mas nenhum resultou em um acordo definitivo.
Em 2018, a Guiana levou o caso à Corte Internacional de Justiça (CIJ), o principal órgão judicial da ONU, pedindo que o tribunal confirmasse a validade do laudo arbitral de 1899 e reconhecesse seus direitos sobre o Essequibo. A Venezuela, no entanto, não reconhece a jurisdição da CIJ e se recusa a participar do processo. A CIJ ainda não emitiu uma decisão sobre o mérito da questão.
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