Lula compra mais uma briga com os evangélicos.
O governo Lula e a bancada evangélica no Congresso Nacional têm vivido momentos de tensão e conflito desde a eleição de 2022, quando o petista derrotou o então presidente Jair Bolsonaro, que contava com o apoio maciço dos líderes religiosos. A relação entre o governo e a bancada, que reúne cerca de 200 parlamentares de diferentes partidos e denominações, tem sido marcada por divergências em temas como direitos humanos, educação, saúde e tributação.
Um dos episódios mais recentes de atrito foi a suspensão de um ato da Receita Federal que ampliou a isenção tributária aos pastores e líderes religiosos, um benefício concedido pelo governo Bolsonaro em 2022, antes da eleição. A Receita Federal alegou que estava cumprindo uma proposta do Ministério Público perante o Tribunal de Contas da União, que investigava o ato desde 2022.
A bancada evangélica, que é um forte núcleo de apoio a Bolsonaro, viu a suspensão como um ataque político do governo Lula, que tem dificuldade de penetração no meio evangélico. Os líderes da bancada acusaram o governo de esquerda de querer voltar à velha prática da chantagem e perseguição aos religiosos. Outro ponto de discordância entre o governo e a bancada foi a aprovação do projeto de lei que instituiu o Estatuto da Diversidade Sexual e de Gênero, que visa garantir os direitos e a proteção das pessoas LGBTI+ no Brasil.
O projeto, que foi apoiado pelo governo Lula e pela maioria dos partidos de centro e de esquerda, enfrentou a resistência da bancada evangélica, que alegou que o projeto feria os princípios da família tradicional e da liberdade religiosa. O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados em novembro de 2023 e no Senado em janeiro de 2024, e sancionado pelo presidente Lula em fevereiro de 2024.
Apesar dos conflitos, o governo Lula e a bancada evangélica também têm buscado estabelecer pontes de diálogo e negociação em alguns temas de interesse comum, como a recuperação da economia, a vacinação contra a Covid-19 e a reforma administrativa.
Apesar dos conflitos, o governo Lula e a bancada evangélica também têm buscado estabelecer pontes de diálogo e negociação em alguns temas de interesse comum, como a recuperação da economia, a vacinação contra a Covid-19 e a reforma administrativa.
O governo Lula tem tentado ampliar sua base de apoio no Congresso, oferecendo cargos e emendas aos partidos que compõem o chamado Centrão, que inclui algumas legendas com forte presença evangélica, como o Republicanos, o PL e o PSC. Alguns líderes da bancada evangélica, como o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), têm se aproximado do governo Lula e defendido uma maior cooperação entre os poderes.
Assim, o governo Lula e a bancada evangélica no Congresso Nacional vivem uma relação complexa e ambígua, que oscila entre a oposição e a colaboração, dependendo dos temas e dos interesses em jogo. O desafio para ambos os lados é encontrar um equilíbrio entre as suas convicções e as demandas da sociedade brasileira, que é plural e diversa.
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