CASTlGO CHEGOU! Padre Comunista na MlRA, Vidente Lindomar Arrepia | 10/01/2024

Mais uma vez o  mundo da voltas e quem chamava Bolsonaro de corrupto está prestes a ser investigado. CPI contra padre Júlio Lancellotti acirra disputa eleitoral em São Paulo.

Uma proposta de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar a atuação de organizações não governamentais (ONGs) que atendem dependentes químicos na região da Cracolândia, em São Paulo, está causando polêmica e acirrando a disputa eleitoral na capital paulista. A CPI tem como principal alvo o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua, da Arquidiocese de São Paulo, e um dos maiores defensores dos direitos humanos da população em situação de vulnerabilidade social na cidade. 

A proposta de CPI foi feita pelo vereador Rubinho Nunes (União), que acusa o padre Júlio de integrar uma "máfia da miséria" que explora os usuários de drogas na Cracolândia. O vereador coletou as 24 assinaturas necessárias para protocolar o pedido, que será discutido na volta do recesso parlamentar, em fevereiro. O vereador nega que tenha motivação eleitoral e diz que quer fiscalizar o uso de dinheiro público pelas ONGs.


No entanto, a proposta de CPI tem um forte viés político, pois o partido de Rubinho, União, apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), enquanto o padre Júlio é próximo de Guilherme Boulos (PSOL), um dos pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro. O prefeito Ricardo Nunes é favorável à política de internação compulsória dos dependentes químicos, que é criticada pelo padre Júlio, que defende a abordagem de redução de danos e de respeito à autonomia dos usuários. 

A proposta de CPI foi criticada por diversas personalidades e instituições ligadas aos direitos humanos, à Igreja Católica e ao movimento social. Eles afirmam que o padre Júlio é vítima de perseguição política e que seu trabalho é essencial para garantir a dignidade e a cidadania das pessoas em situação de rua e dos dependentes químicos. Eles também questionam a legitimidade e a legalidade da CPI, que pode ferir a liberdade religiosa e a autonomia das entidades sociais.


A CPI contra o padre Júlio Lancellotti é mais um capítulo da disputa eleitoral em São Paulo, que promete ser acirrada e polarizada. De um lado, estão os que defendem uma política de segurança pública e de higienização social, que visa eliminar a Cracolândia. 

De outro, estão os que defendem uma política de assistência social e de direitos humanos, que visa acolher e ressocializar os dependentes químicos. O resultado dessa disputa pode definir o futuro da cidade e de seus habitantes.

CONFIRA O VÍDEO AQUI

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Edição e texto: Theta Wellington

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