CASTlGO! DINO DEU O TROCO EM MORO, VIDENTE GRITOU FUTURO | 24/01/2024

Moro contesta acusações e se diz vítima de perseguição política.

O senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) está sob pressão em duas frentes: um processo eleitoral que pode cassar o seu mandato e um inquérito criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode levá-lo ao banco dos réus. Moro contesta as acusações e se diz vítima de uma perseguição política por parte de seus adversários.

O processo eleitoral foi movido pelo PT e pelo PL, que acusam Moro de ter feito campanha antecipada e de ter recebido doações ilegais para a sua candidatura ao Senado em 2022. O julgamento deve ocorrer no início deste ano no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), e pode subir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem uma composição mais desfavorável ao ex-juiz.


Moro nega as irregularidades e afirma que apenas se mudou de domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo, em abril de 2021, por motivos pessoais e profissionais. Ele também diz que não recebeu nenhuma doação ilegal e que não fez nenhuma propaganda eleitoral antes do prazo permitido pela lei. Ele alega que o processo é uma tentativa de impedi-lo de concorrer ao Senado e de representar os seus eleitores. 

O inquérito criminal foi aberto pelo ministro Dias Toffoli, que é um dos principais críticos da Lava Jato no STF. O inquérito investiga a atuação de Moro no acordo de delação premiada do ex-deputado Tony Garcia, firmado em 2004, no caso do Banestado. O inquérito pode levar à denúncia e ao julgamento de Moro por crimes como abuso de autoridade, violação de sigilo e falsidade ideológica.


Moro também nega as ilegalidades e diz que não reconhece o relato do criminoso Tony Garcia, que o acusa de tê-lo coagido a gravar conversas com autoridades que não poderiam ser investigadas por ele. Ele afirma que o acordo de colaboração foi feito de forma transparente e sem interferir na autonomia do Ministério Público. Ele diz que o inquérito é uma forma de retaliá-lo por ter julgado casos de corrupção envolvendo políticos e empresários. 

Moro enfrenta um cenário de isolamento político e jurídico em Brasília, onde tem poucos aliados e muitos adversários. Ele é visto como um símbolo da Lava Jato, que foi em grande parte anulada por recorrer a manobras ilegais nas investigações. Ele também é alvo de críticas por ter sido ministro do governo Bolsonaro, que rompeu com ele em 2020. 

Moro se defende dizendo que agiu sempre com base na lei e na ética, e que contribuiu para o combate à corrupção e para o fortalecimento da democracia no país. Ele diz que não tem medo de enfrentar os processos e que confia na justiça brasileira. Ele afirma que continuará defendendo os seus ideais e os seus projetos para o Brasil.

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Edição e texto: Theta Wellington

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