Moro contesta acusações e se diz vítima de perseguição política.
O senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) está sob pressão em duas frentes: um processo eleitoral que pode cassar o seu mandato e um inquérito criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode levá-lo ao banco dos réus. Moro contesta as acusações e se diz vítima de uma perseguição política por parte de seus adversários.
O processo eleitoral foi movido pelo PT e pelo PL, que acusam Moro de ter feito campanha antecipada e de ter recebido doações ilegais para a sua candidatura ao Senado em 2022. O julgamento deve ocorrer no início deste ano no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), e pode subir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem uma composição mais desfavorável ao ex-juiz.
Moro nega as irregularidades e afirma que apenas se mudou de domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo, em abril de 2021, por motivos pessoais e profissionais. Ele também diz que não recebeu nenhuma doação ilegal e que não fez nenhuma propaganda eleitoral antes do prazo permitido pela lei. Ele alega que o processo é uma tentativa de impedi-lo de concorrer ao Senado e de representar os seus eleitores.
Moro também nega as ilegalidades e diz que não reconhece o relato do criminoso Tony Garcia, que o acusa de tê-lo coagido a gravar conversas com autoridades que não poderiam ser investigadas por ele. Ele afirma que o acordo de colaboração foi feito de forma transparente e sem interferir na autonomia do Ministério Público. Ele diz que o inquérito é uma forma de retaliá-lo por ter julgado casos de corrupção envolvendo políticos e empresários.
Edição e texto: Theta Wellington
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