E tome imposto! Depois que cortar verba da saúde o atual governo aumenta os impostos para cobrir esse rombo.
O governo Lula está estudando uma medida que pode afetar milhões de contribuintes brasileiros: a limitação da dedução com saúde no Imposto de Renda. Essa medida visa aumentar a arrecadação da Receita Federal e reduzir as desigualdades tributárias, mas também pode gerar resistências e questionamentos.
Atualmente, a legislação brasileira permite que os gastos com médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, exames laboratoriais, hospitais, clínicas e planos de saúde sejam abatidos integralmente da base de cálculo do IR a ser pago, independentemente do valor. Em 2022, o montante total de gastos com saúde deduzido pelos contribuintes chegou a R$ 128 bilhões, gerando uma perda de arrecadação de R$ 17 bilhões.
No entanto, essa regra acaba beneficiando os contribuintes com renda mais alta, que têm mais condições de pagar por serviços de saúde privados e de comprovar as despesas. Um relatório anterior do governo mostrou que apenas 0,8% das deduções médicas são usadas pelos 50% mais pobres da população, enquanto 88% contemplam os 20% com maior renda.
A medida tem o objetivo de tornar o sistema tributário mais justo e eficiente, além de aumentar a capacidade de investimento do governo em áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura. No entanto, a proposta também pode enfrentar resistências de setores da sociedade, como as entidades médicas, os planos de saúde e os próprios contribuintes, que podem ver a mudança como um aumento de imposto.
Edição e texto: Theta Wellington
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