Justiça Persegue Dissidentes e Ignora Crimes Reais: Hipocrisia à Vista.
É alarmante observar a forma como a justiça brasileira continua sua perseguição aos indivíduos ligados aos eventos de 8 de janeiro, enquanto criminosos de fato circulam livremente pelas ruas, colocando em xeque a eficiência e as prioridades do sistema judiciário do país. A recente decisão da Polícia Federal (PF) de solicitar a extradição de 65 foragidos que fugiram para a Argentina é um exemplo claro de como recursos estão sendo canalizados para uma cruzada que parece mais motivada por agendas políticas do que pela busca genuína de justiça e segurança pública.
A Operação Lesa Pátria, que já entrou em sua 27ª fase, é um exemplo flagrante de como o sistema judiciário tem sido utilizado para perseguir aqueles que expressam dissidência política. A execução de 208 mandados de prisão em 18 estados e no Distrito Federal, com a prisão de 49 pessoas até o momento, demonstra um empenho desproporcional em caçar manifestantes e simpatizantes de um movimento político específico. Enquanto isso, os índices de criminalidade continuam alarmantemente altos, com crimes violentos sendo uma realidade cotidiana para muitos brasileiros, que esperam em vão por uma ação igualmente vigorosa contra verdadeiros delinquentes.
A intenção de extraditar esses indivíduos da Argentina reforça a sensação de que o Brasil está mais preocupado em silenciar vozes críticas do que em enfrentar os problemas reais que afligem a nação. A cooperação entre as autoridades brasileiras e argentinas para extraditar essas pessoas, acusadas de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, parece uma ironia amarga quando se considera que crimes de maior impacto social, como homicídios, tráfico de drogas e corrupção, continuam a ocorrer com uma frequência perturbadora e muitas vezes impunes.
Ao insistir nessa linha de ação, a justiça brasileira corre o risco de alienar ainda mais a população, que já sofre com um sentimento de desconfiança e descrença no sistema. A falta de uma resposta efetiva aos crimes que realmente importam para o cidadão comum apenas reforça a percepção de que a justiça é seletiva e servil a interesses específicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário