ACABOU O ClCLO! Lula no FlM, Surpresa Chegando, Cigana Sulamita Gritou | 22/07/2024

Lula se nega a criticar Nicolás Maduro, atitude só mostra que são próximos e que tem a mesma visão de mundo.

A proximidade das eleições presidenciais na Venezuela, marcadas para o próximo domingo (28), revela um clima de tensão e incerteza exacerbado pelas declarações incendiárias do presidente Nicolás Maduro. Ao afirmar que, em caso de derrota, "vai haver sangue", Maduro não apenas põe em xeque a legitimidade do processo eleitoral, mas também incita seus apoiadores a adotarem comportamentos violentos. Esse tipo de retórica é profundamente irresponsável e perigosa, especialmente em um país que já enfrenta sérios desafios econômicos e sociais. As pesquisas eleitorais estão divididas, com algumas apontando uma vitória confortável para o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, enquanto outras indicam a reeleição de Maduro. Essa divergência nas pesquisas aumenta a incerteza e a polarização política no país.


Institutos de pesquisa renomados como Datincorp, Delphos e Meganálisis projetam uma vitória de Edmundo, apoiado pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), enquanto o Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), Hinterlaces e Internacional Consulting Services (ICS) veem Maduro como vencedor. A Venezuela, dona da maior reserva comprovada de petróleo do mundo, vive uma crise sem precedentes desde 2017, com um bloqueio financeiro e comercial imposto por potências ocidentais e uma grave crise econômica interna. A hiperinflação devastou a economia do país, resultando na perda de 75% do PIB e na migração de mais de 7 milhões de pessoas. Embora haja sinais de recuperação econômica desde 2021, com crescimento do PIB e controle da inflação, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados, refletindo a profunda crise social que ainda persiste.

Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nove concorrentes nesta eleição, a primeira desde 2015 com a participação plena da oposição. No entanto, o ambiente político está longe de ser saudável. Denúncias de prisões de opositores e a recusa de alguns candidatos em assinar acordos para respeitar o resultado eleitoral lançam dúvidas sobre a integridade do processo. As palavras de Maduro, que sugerem violência em caso de derrota, só agravam essa situação, incentivando um comportamento que pode levar a conflitos e derramamento de sangue. 


A responsabilidade de um líder é promover a paz e a estabilidade, especialmente em momentos críticos como uma eleição presidencial. As declarações de Maduro não apenas ameaçam a paz, mas também colocam em risco a segurança de milhões de venezuelanos. A insinuação de violência é uma tática que desrespeita os princípios democráticos e mina a confiança no processo eleitoral. É crucial que as autoridades e a comunidade internacional condenem veementemente esse tipo de retórica e exijam um compromisso claro com a não-violência e o respeito à vontade do povo.

Para garantir um futuro mais estável e próspero para a Venezuela, é imperativo que as eleições ocorram de maneira livre, justa e pacífica. As palavras de Maduro são um passo na direção oposta, promovendo um ambiente de medo e intimidação. É essencial que todos os candidatos, incluindo Maduro, se comprometam a respeitar os resultados das urnas e a trabalhar juntos pela reconstrução do país, independentemente do resultado eleitoral.

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