A verdade sobre o comunismo e o quão é ele é perigoso é revelada na Venezuela pelas bocas dos próprios venezuelanos.
A eleição presidencial na Venezuela, marcada para o próximo domingo (28), está gerando um entusiasmo entre os eleitores que não era visto há pelo menos uma década. Apesar do clima tenso, com prisões de figuras da oposição e acusações de conspiração, os comícios da oposição têm atraído grandes multidões, incluindo ex-apoiadores desiludidos do partido governista do presidente Nicolás Maduro.
Maduro, que busca um terceiro mandato, tem demonstrado confiança na conquista de uma vitória contra o que ele chama de “extrema-direita”. No entanto, a oposição, que boicotou a eleição de 2018 alegando falta de justiça no processo, afirma que as decisões das autoridades eleitorais visam confundir os eleitores e reprimir o apoio à oposição. A campanha de Edmundo González, que marca a primeira vez desde 1999 que um movimento político além do Partido Socialista tem um impulso real, está alimentando essa nova onda de entusiasmo.
Muitos dos apoiadores de González, um ex-diplomata de 74 anos, são antigos “chavistas” que antes apoiavam em massa o partido de Maduro e de seu mentor Chávez. Anos de crise econômica e o êxodo de mais de 7,7 milhões de pessoas cobraram seu preço. Edgar González, um participante de um comício da oposição em Valência, ilustra bem essa desilusão.
Os comícios de González e Machado têm sido acompanhados por multidões, muitas vezes emocionadas, que lhes oferecem rosários e outras lembranças. Caravanas de motocicletas, tradicionalmente focos de apoio ao partido governista, agora acompanham os comícios da oposição, indicando uma possível mudança na dinâmica política do país.
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