Injustiça Eleitoral: Decisão de Censura Contra Pablo Marçal Repete Favorecimento Visto na Campanha de 2022.
A decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo que ordena a remoção de postagens feitas por Pablo Marçal (PRTB) sobre Guilherme Boulos (PSOL) levanta questões preocupantes sobre a imparcialidade e a consistência das intervenções judiciais no processo eleitoral.
A determinação, que veio após Marçal associar Boulos ao uso de drogas durante um debate, remete a situações similares observadas na campanha presidencial de 2022, onde decisões judiciais também favoreceram o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. É notório que durante a última eleição presidencial, a Justiça Eleitoral tomou diversas medidas que, na prática, beneficiaram o candidato petista. Essas decisões, à época, foram amplamente criticadas por setores que viram nelas uma interferência indevida no processo democrático, especialmente quando se tratava de conteúdos que, embora polêmicos, faziam parte do jogo eleitoral e do direito à livre expressão.
O caso atual segue a mesma linha de ação. A decisão de remover os posts de Marçal, baseada na alegação de que são difamatórios e sem relevância político-eleitoral, pode ser vista como uma medida que, intencionalmente ou não, favorece Boulos, já que o impede de enfrentar críticas públicas que fazem parte do debate eleitoral.
Essa decisão é particularmente injusta quando colocada em perspectiva com as intervenções ocorridas na eleição presidencial. Se por um lado há uma preocupação legítima em proteger a honra e a imagem dos candidatos, por outro, há um risco evidente de que a Justiça Eleitoral esteja se colocando como árbitro do discurso político, favorecendo certos candidatos e limitando a capacidade de outros em expressar suas opiniões, mesmo que polêmicas.
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