CAL0U A NARRATlVA! Rebuliço e Futuro, Cigana Sulamita Atualiza | 01/12/2024

Mídia e Bolsonaro: de golpista a "covarde", a narrativa que não muda

Nos últimos anos, o nome de Jair Bolsonaro tem sido associado a acusações graves, desde ditador até golpista. Contudo, um relatório recente trouxe uma reviravolta inesperada: não apenas confirma que havia movimentos antidemocráticos em curso, mas também que o ex-presidente desempenhou um papel crucial em impedir que esses planos se concretizassem. 

Mesmo assim, a mídia persiste em construir novas narrativas para atacá-lo, agora o chamando de “covarde” por não ter permitido que tais ações avançassem. Durante o mandato de Bolsonaro, críticas e teorias conspiratórias eram recorrentes. Ele era acusado de planejar golpes “a cada pastel que comia”. Essas acusações continuaram mesmo após sua saída do poder, com uma série de investigações que prometiam expor seu suposto envolvimento em atos antidemocráticos. Dois anos depois, porém, o tão aguardado relatório não apenas o isenta, mas revela que ele foi uma das figuras que impediram o desfecho de ações golpistas planejadas por grupos que, ironicamente, estavam em sua órbita.


Essa revelação trouxe um dilema para aqueles que o acusavam. Sem provas concretas que sustentem o rótulo de golpista, a narrativa muda: Bolsonaro agora é chamado de "covarde". O argumento? Ele teria tido a oportunidade de apoiar ações mais radicais, mas escolheu não fazê-lo. Essa postura de desqualificação a todo custo reflete a dificuldade em admitir que, mesmo sem a preferência da mídia ou de certos setores políticos, ele agiu dentro das “quatro linhas da Constituição”. 

A comparação feita por alguns analistas é ilustrativa: seria como culpar um policial que impede um crime antes que aconteça por não ter permitido uma troca de tiros. A lógica, além de absurda, revela o tom tendencioso que permeia o discurso contra o ex-presidente. O foco de muitos veículos de comunicação não parece ser informar, mas manter viva uma narrativa que sirva a determinados interesses.


Paralelamente, temas cruciais para o país são relegados ao segundo plano. Enquanto milhões de brasileiros enfrentam problemas graves, como a iminente falta de água em várias regiões devido ao corte de verbas, grandes emissoras evitam abordar a questão com a devida atenção. A crítica recorrente é que a cobertura jornalística está mais preocupada em atacar Bolsonaro do que em cumprir seu papel social de fiscalizar o atual governo. 

A tentativa constante de associar o nome de Bolsonaro a crimes, mesmo quando os fatos não corroboram as acusações, mostra a força da narrativa midiática. Porém, como bem aponta a experiência recente, as evidências têm o poder de desmontar discursos fabricados. Para muitos, o futuro da oposição ao atual governo passa por figuras como Tarcísio de Freitas, que desponta como possível candidato, enquanto Bolsonaro segue sendo um alvo constante – não por suas ações, mas pelo simbolismo que representa.


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