CARTADA DO CAPlTÃ0! Liberdade Patriotas, Vidente Cigano Tinha Razão | 10/02/2025

Cartada de Bolsonaro funcionou! Apoiar Hugo Motta para presidente da câmara se mostra uma escolha acertada.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se manifestou publicamente sobre as condenações impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Em entrevista a uma rádio paraibana nesta sexta-feira (7), Motta afirmou que os protestos, embora violentos e condenáveis, não podem ser classificados como uma tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, não houve a participação de lideranças políticas ou apoio das Forças Armadas, o que afastaria a tese de uma conspiração organizada para destituir o governo eleito. 

O parlamentar também criticou o que chamou de "desequilíbrio" nas penas aplicadas pelo STF, argumentando que alguns manifestantes receberam punições excessivamente severas. "Não pode uma senhora que passou ali na frente do Palácio do Planalto, mas não fez nada, não jogou uma pedra, receber 17 anos de pena para regime fechado. Há um certo desequilíbrio", declarou. Para Motta, é necessário diferenciar aqueles que de fato praticaram atos de vandalismo daqueles que apenas participaram das manifestações sem envolvimento direto na depredação.


A posição do presidente da Câmara reflete um crescente desconforto entre setores do Congresso em relação às decisões do Supremo. Nos bastidores, parlamentares de diferentes partidos já vinham demonstrando insatisfação com a rigidez das penas e com a condução do processo judicial. A manifestação de Motta, primeira de um líder do Legislativo sobre o tema, pode dar força a um movimento que busca revisar algumas das sentenças ou até discutir a possibilidade de anistia para condenados sem envolvimento direto na destruição do patrimônio público. 

A questão da anistia, no entanto, é delicada e gera tensões entre os poderes. Enquanto parte da base governista e ministros do STF defendem a manutenção das condenações como forma de garantir a estabilidade democrática, setores da oposição e até mesmo parlamentares independentes argumentam que o rigor excessivo pode gerar uma reação contrária na sociedade. Motta ressaltou que qualquer debate sobre o tema deve ser conduzido com responsabilidade, evitando que a discussão se transforme em um embate institucional.


Além da questão jurídica, a declaração do presidente da Câmara também tem implicações políticas. Com sua fala, Motta se posiciona como uma liderança disposta a atuar como mediador entre os poderes, evitando tanto o confronto direto com o STF quanto a adesão irrestrita às pressões de grupos políticos que pedem anistia ampla. Sua postura pode influenciar o andamento de projetos no Congresso que busquem reequilibrar as relações entre Legislativo e Judiciário, um tema cada vez mais presente na agenda política. 

O posicionamento de Hugo Motta pode marcar um novo capítulo no debate sobre os desdobramentos do 8 de Janeiro. Se sua crítica às penas impostas pelo STF ganhar adesão dentro do Congresso, o tema da proporcionalidade das condenações pode se tornar um ponto de tensão nas relações institucionais. Resta saber até que ponto o Legislativo estará disposto a enfrentar o Supremo nessa questão e se o debate levará a mudanças concretas nas decisões judiciais ou ficará apenas no campo das declarações públicas.

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 Edição e texto: Theta Wellington
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