A hipocrisia na crítica às deportações de brasileiros nos EUA: Por que Biden e Obama foram poupados?
Nos últimos dias, o debate sobre as deportações de brasileiros nos Estados Unidos ganhou força, com duras críticas da esquerda ao ex-presidente Donald Trump. No entanto, é importante destacar que as políticas de deportação não começaram com Trump. Tanto durante o governo de Joe Biden quanto na administração de Barack Obama, houve deportações de imigrantes brasileiros em grande número, levantando questionamentos sobre a coerência das críticas atuais. Durante a presidência de Barack Obama, que governou de 2009 a 2017, ele ficou conhecido como o "Deporter-in-Chief" (o "deportador-chefe"), um apelido dado até por grupos de defesa dos imigrantes.
Sob sua gestão, mais de três milhões de pessoas foram deportadas, incluindo brasileiros. Obama reforçou medidas para identificar e deportar imigrantes ilegais, implementando programas como o “Secure Communities” (Comunidades Seguras), que permitia às autoridades locais compartilharem informações com o Departamento de Imigração e Alfândega (ICE). Apesar do número recorde de deportações, a esquerda permaneceu amplamente silenciosa, justificando as medidas como parte de um “fortalecimento das fronteiras”.
Já no governo de Joe Biden, iniciado em 2021, as deportações também continuaram, embora em números menores do que no período de Obama. A administração Biden enfrenta uma crise migratória na fronteira sul dos EUA, que inclui um aumento significativo no número de imigrantes brasileiros tentando entrar ilegalmente no país. Em resposta, o governo implementou deportações em massa, incluindo voos fretados especificamente para deportar famílias brasileiras.
Além disso, é importante observar que as deportações não são decisões arbitrárias de um presidente, mas parte de um sistema legal e administrativo que existe para garantir o cumprimento das leis de imigração dos EUA. O contexto econômico, pressões internas e a necessidade de gerenciar a crise migratória frequentemente influenciam essas políticas, independentemente do partido no poder. Essa discrepância no tratamento das administrações democratas e republicanas evidencia uma hipocrisia política por parte de setores da esquerda.
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