A CASSA CAlU! Lula ABAND0NA Maduro, CANH0TA Rachou, Cigana Arrepia | 07/01/2025

Pressionado, Lula desiste de ir à posse de Maduro e expõe fragilidades de sua liderança

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que não comparecerá à posse de Nicolás Maduro na Venezuela, decisão que gerou debates intensos tanto dentro quanto fora do governo. Embora a escolha de se ausentar do evento seja acertada do ponto de vista diplomático, a forma como a decisão foi tomada evidencia a falta de autonomia do presidente, que cedeu às pressões de aliados próximos e de setores da sociedade civil.


A ausência de Lula reflete uma tentativa de evitar o desgaste internacional diante do contexto político venezuelano, marcado por acusações de fraude eleitoral e repressão a opositores. Apesar disso, o presidente brasileiro continua evitando qualquer crítica direta ao regime de Maduro, o que, na prática, pode ser interpretado como um alinhamento implícito às práticas autoritárias do líder venezuelano. Essa postura levanta questionamentos sobre o compromisso de Lula com os valores democráticos, especialmente em um momento em que o Brasil busca recuperar sua credibilidade internacional. 

O fato de a decisão de não comparecer à posse ter partido mais de pressões externas do que de uma convicção própria expõe uma liderança que parece depender excessivamente da opinião de aliados. Enquanto figuras próximas ao presidente aconselharam contra a viagem, o silêncio de Lula em relação às violações de direitos humanos na Venezuela mantém uma aura de ambiguidade. Para muitos, essa postura é inaceitável, dado o histórico de defesa da democracia que o presidente afirma carregar.

Por outro lado, a ausência de Lula no evento é, sem dúvida, a escolha mais prudente. A presença do presidente brasileiro na cerimônia poderia ser interpretada como um endosso ao regime de Maduro, enfraquecendo a posição do Brasil em fóruns internacionais e provocando críticas de opositores internos. Contudo, é lamentável que essa decisão não tenha partido de uma iniciativa própria de Lula, mas sim de uma pressão exercida por grupos preocupados com o impacto político de sua presença.


A decisão de Lula de não ir à posse de Nicolás Maduro expõe um dilema central de sua presidência: a dificuldade de equilibrar as pressões internas e externas com a necessidade de demonstrar liderança firme e independente. Embora a ausência seja a escolha certa, a falta de uma posição clara contra as práticas autoritárias de Maduro compromete a imagem do Brasil como defensor dos valores democráticos. 

Lula tem uma oportunidade de reafirmar seu compromisso com a democracia ao adotar uma postura mais contundente sobre a crise na Venezuela. O silêncio e a hesitação, no entanto, sinalizam uma conivência implícita com o autoritarismo, algo que envergonha um país que deveria servir de exemplo de liderança ética e diplomática na América Latina. O episódio é um lembrete de que liderança exige não apenas decisões acertadas, mas também coragem para tomá-las com convicção própria.

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Governo enfrenta crise econômica sem cortar privilégios e penaliza os mais pobres

O atual governo federal enfrenta uma grave crise econômica, agravada por políticas que, em vez de priorizarem o equilíbrio fiscal e o corte de privilégios, continuam a onerar a população mais vulnerável. Enquanto a arrecadação de fundos se torna uma prioridade para tentar conter os rombos nos cofres públicos, as medidas adotadas deixam evidente uma escolha política: proteger gastos supérfluos e retirar dos pobres, aprofundando desigualdades. 

Nesta terça-feira (31), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou mudanças no Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), acompanhadas de vetos estratégicos que contradizem o discurso de inclusão social. A nova lei, que deveria ampliar o alcance do programa habitacional, cortou artigos essenciais que destinariam recursos para a regularização fundiária e cidades menores. Na prática, essas decisões fragilizam comunidades mais carentes e limitam o acesso à moradia digna para milhares de brasileiros.


A justificativa apresentada pelo governo para esses vetos baseou-se na necessidade de evitar a “rigidez orçamentária” e proteger a “evolução normativa” do programa. No entanto, essa argumentação escancara a prioridade dada à manutenção de um modelo administrativo que privilegia a burocracia e não enfrenta os verdadeiros gargalos econômicos. 

Em vez de buscar eficiência nos gastos públicos, o governo opta por retirar recursos de áreas essenciais, jogando o custo da crise nas costas da população mais pobre. O ajuste fiscal, anunciado como essencial para evitar o colapso econômico, não trouxe medidas que impactassem privilégios ou corrigissem desperdícios administrativos. Ao contrário, mantém-se intocável uma estrutura que consome bilhões em verbas destinadas a benefícios de alto escalão, enquanto faltam recursos para programas sociais e investimentos em infraestrutura básica. Isso reforça a percepção de que os mais vulneráveis são os primeiros a pagar a conta.


Essa postura revela um descompromisso com a promessa de “governar para todos”. Enquanto o discurso político enaltece a luta pela redução das desigualdades, a prática administrativa demonstra que os interesses dos mais ricos continuam protegidos. A falta de cortes em áreas como privilégios do funcionalismo de elite e subsídios a setores beneficiados perpetua uma política econômica excludente e regressiva. Se o governo continuar a ignorar a necessidade de reformas estruturais e cortes em gastos ineficientes, a crise econômica só se aprofundará. A população pobre, já sufocada pelo aumento do custo de vida e pela precarização dos serviços públicos, não pode arcar sozinha com o peso de um modelo econômico falido. O Brasil precisa de um governo que priorize, de fato, o bem-estar coletivo, com medidas corajosas e socialmente justas.

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 Edição e texto: Theta Wellington
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